quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

NOVAS IMAGENS EXPO SENZALA

Olá a todos,

Aqui estão mais algumas imagens da expo, feitas por meu grande amigo, Celso Ricardo que, além de ser uma pessoa fantástica, é um grande fotógrafo. Espero que apreciem!

Abraço a todos,


Rosana












sexta-feira, 20 de novembro de 2009

CORREÇÃO DATA DA EXPOSIÇÃO

Caríssimos,

A corrida é tamanha que a data da exposição saiu errada no convite.
Portanto, anotem a data correta: de 21 de novembro a 20 de dezembro de 2009. Aproveitem! Vcs ganharam mais tempo para ver o trabalho que, modéstia a parte, ficou muito bonito.
Beijo grande e agradecendo a todas as manifestações de carinho, no blog e em meu e-mail,

Rosana

terça-feira, 17 de novembro de 2009

IMAGENS DA ABERTURA EXPO SENZALA





Olá a todos,
Estou colocando as primeiras imagens da mostra na Senzala. Aguardem outras mais "profissionais".
Para os que puderam ir, meus agradecimentos. Para os que não puderam, espero que as imagens deixem vcs com água na boca. Olha que ainda dá tempo...... Modéstia a parte, o trabalho ficou muito bom
Agradeço também aqueles que deixaram comentários ou me escreveram diretamente parabenizando pela mostra.

Um abraço a todos,

Rosana Paulino


IMAGES FROM "SENZALA"

Hello everyone,
I'm putting the first images show the Senzala. Wait for other more "professional"
For those who could go, my thanks. For those who could not, I hope that the images leave you mouth water. You still have time to go ...... Modesty aside, the work was very good.
My thanks those who left comments or write me directly congratulating by the show
Best wishes to all,
Rosana Paulino

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Exposição muito especial em Campinas


Olá a todos que me dão muita alegria entrando no blog,

Sei que estou sumida. Coisas da vida. Sei também que muitos não deixam comentários mas visitam o blog, e depois entram em contato. Pois bem, visitando o dito façam como quiser. Deixem recados, entrem em contato depois....

Hoje vou postar o convite de uma exposição muito especial: vai ser em Campinas, e o mais importante, em uma Senzala. Estou iniciando um trabalho de ressignificação de lugares históricos, e este é o primeiro passo do projeto.

Aos que puderem, apareçam. Aos que não puderem, prometo colocar as imagens da exposição tão logo as tenha.

Beijo grande,

Rosana
A VERY SPECIAL SHOW IN CAMPINAS (SÃO PAULO)
Hello to all who give me great joy coming in the blog,
I Know I disappeared. Things in life. I also know that many do not leave comments but visit the blog and them come into contact. OK, you can do as you wish. Let scraps, then get in touch....
I am posting the invitation of a very special exhibition: it will be in Campinas (a city in São Paulo) and, most importantly, it will occur in a Senzala (a place where the slaves used to live in the slavery period in Brazil). I am starting to work in reframing of Historic places, and this is the first step of the project.
Those who can, please, come to the opening. Those who can not, I promise to put some images display as soon as I got them.
Take care,
Rosana

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

FALTA DE DESENHO






Desenhos da série Carapaça de proteção – Aquarela, acrílica e grafite sobre papel - 32,5 x 25,0 cm – 2003

Mundurucu. Desenho da série Tecelãs. Grafite e Aquarela sobre papel. 32,5 x 25,0 cm. 2003.





Mãe e Filha - Cegas. Desenho da série Tecelãs. Grafite e Aquarela sobre papel. 2003.




Kali. Desenho da série Tecelãs. Grafite e Aquarela sobre papel. 2003





Tenho sentido falta de desenho neste blog. Portanto, resolvi revisitar algumas obras antigas e selecionei estas para o blog.
Achei também que seria interessante colocar um texto de Matisse sobre como o desenho representa a vida, ao invés de apresentar a realidade. Espero que gostem. É um dos meus preferidos.

Inté,

Rosana
CONSIDERAÇÕES SOBRE O DESENHO DA ÁRVORE (H.MATISSE)


MATISSE, Henri. Escritos e reflexões sobre arte. Editora Ulisséia, Portugal, s.d - págs. 161/162


Mostrei-lhe, não é verdade, os desenhos que fiz nestes últimos tempos para aprender a representar uma árvore, as árvores? Como se nunca tivesse visto, nunca tivesse desenhado árvores. Vejo uma da minha janela. Tenho de compreender pacientemente como se faz a massa da árvore e depois a própria árvore, o tronco, os ramos, as folhas. Primeiro, os ramos que se dispõem simetricamente, num só plano. Depois, como os ramos viram, passam à frente do tronco... Não interprete mal: não quero dizer que, ao ver a árvore da minha janela, o meu trabalho seja copiá-la. A árvore é também todo um conjunto de efeitos que exerce sobre mim (grifo meu). Não se trata de desenhar uma árvore que vejo. Tenho à minha frente um objeto que exerce uma ação sobre o meu espírito, não apenas como árvore, mas também em relação a outros sentimentos de toda a espécie... Não me libertarei da minha emoção copiando a árvore com exatidão, ou desenhando as folhas uma a uma na linguagem corrente... Só depois de me ter identificado com ela. Tenho de criar um objeto que se assemelhe à árvore. O sinal da árvore. E não o sinal da árvore tal como existiu noutros artistas... por exemplo, nos pintores que aprenderam a fazer a folhagem desenhando 33, 33, 33, como manda contar o médico que ausculta... Isso é apenas o resíduo da expressão dos outros... Os outros inventaram o seu sinal... Retomá-lo é retomar uma coisa morta: o ponto de chegada das emoções deles e o resíduo da expressão dos outros não pode estar em relação com o meu sentimento original. Veja: Claude Lorrain, Poussin, tem maneiras próprias de desenhar as folhas de uma árvore, inventaram a sua maneira de exprimir as folhas. De uma maneira tão hábil que se diz que desenharam as suas árvores folha por folha. Simples maneira de dizer: na verdade, talvez tenham representado cinqüenta folhas em vez de duas mil. Mas a maneira de colocar o sinal folha multiplica as folhas no espírito do espectador, que vê duas mil... Tinham a sua linguagem pessoal. Tornou-se depois uma linguagem conhecida, tenho de encontrar sinais que estejam em relação com a qualidade da minha invenção. Serão sinais plásticos novos que entrarão por sua vez na linguagem comum, se o que disser através deles tiver importância para outro. A importância de um artista mede-se pela quantidade de novos sinais que tiver introduzindo na linguagem plástica.


Excerto de “Matisse en France”, 1942 (Henri Matisse, roman, Paris, Gallimard, 1971)

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Links com textos sobre meu trabalho

Mulher em negro. Desenho da série Ovos. Grafite, aquarela e nanquim sobre papel.

Olá
Abaixo dois links com textos interessantes que abordam algumas características do meu trabalho. Para os que curtem, bom proveito!

Rosana

O texto da pesquisadora Dária Jaremtchuké bastante interessante ao tratar de açoes políticas na arte contemporânea brasileira, algo que penso estar em falta. Acesse http://www.concinnitas.uerj.br/arquivo/revista10.htm e bom proveito.

Outro link interessante é o que traz o texto da pesquisadora Joedy Bamonte, e este um "especial" muito legal sobre o meu trabalho (gostei muito). Ir para http://www.anpap.org.br/2008/artigos/028.pdf

Textos de minha autoria

Olá a todos,

Algumas pessoas tem perguntado sobre textos sobre o meu trabalho. Na realidade, havia prometido postar alguma coisa sobre isto.

Estou negociando com algumas pessoas para colocar seus textos sobre meu trabalho. Em alguns casos irei colocar links de textos interessantes sobre ele. Além disso, irei colocar alguns dos meus escritos, e começo com os textos abaixo.

Espero que apreciem.

Rosana



A RESPEITO DOS TRABALHOS EXPOSTOS
Este texto foi produzido para o catálogo do Panorama 97 – MAM SP, sobre, dentre outros, o trabalho abaixo.


Imagem da série Bastidores. Imagem transferida sobre tecido, bastidor e linha de costura. 30cm diametro. 1997.


Sempre pensei em arte como um sistema que devesse ser sincero. Para mim, a arte deve servir às necessidades profundas de quem a produz, senão corre o risco de tornar-se superficial. O artista deve sempre trabalhar com as coisas que o tocam profundamente. Se lhe toca o azul, trabalhe, pois, com o azul. Se lhe tocam os problemas relacionados com a sua condição no mundo, trabalhe então com esses problemas.

No meu caso, tocaram-me sempre as questões referentes à minha condição de mulher e negra. Olhar no espelho e me localizar em um mundo que muitas vezes se mostra preconceituoso e hostil é um desafio diário. Aceitar as regras impostas por um padrão de beleza ou de comportamento que traz muito de preconceito, velado ou não, ou discutir esses padrões, eis a questão.

Dentro desse pensar, faz parte do meu fazer artístico apropriar-me de objetos do cotidiano ou elementos pouco valorizados para produzir meus trabalhos. Objetos banais, sem importância. Utilizar-me de objetos do domínio quase exclusivo das mulheres. Utilizar-me de tecidos e linhas. Linhas que modificam o sentido, costurando novos significados, transformando um objeto banal, ridículo, alterando-o, tornando-o um elemento de violência, de repressão. O fio que torce, puxa, modifica o formato do rosto, produzindo bocas que não gritam, dando nós na garganta. Olhos costurado, fechados para o mundo e, principalmente, para sua condição no mundo.

Apropriar-me do que é recusado e malvisto. Cabelos. Cabelo “ruim”, “pixaim”, “duro”. Cabelo que dá nó. Cabelos longe da maciez da seda, longe do brilho dos comerciais de shampoo. Cabelos de negra. Cabelos vistos aqui como elementos classificatórios, que distinguem entre o bom e o ruim, o bonito e o feio.

Pensar em minha condição no mundo por intermédio de meu trabalho. Pensar sobre as questões de ser mulher, sobre as questões da minha origem, gravadas na cor da minha pele, na forma dos meus cabelos. Gritar, mesmo que por outras bocas estampadas no tecido ou outros nomes na parede. Este tem sido meu fazer, meu desafio, minha busca.



Rosana Paulino, 1997

segunda-feira, 13 de julho de 2009

A LENDA DA PEMBA

Pois é, estou estreando como ilustradora de livros infantis, junto com minha parceira Márcia Silva. Em breve colocaremos, como educadoras, algumas dicas sobre como utilizar melhor o livro e o material nele contido.

O legal é que se trata de uma lenda importante, que conta um pouco da Pemba, material sagrado nas religiões de matriz afro-brasileira. Então, é aproveitar a leitura.

Rosana

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Convite


A SECRETARIA DE CULTURA E TURISMO DE CARAPICUIBA CONVIDA PARA O COQUETEL DE LANÇAMENTO DO LIVRO

A LENDA DA PEMBA


de MÁRCIA SILVA
com ILUSTRAÇÕES DE ROSANA PAULINO






25 de julho, as 19:00 hs. Local: Sede da Secretaria. Praça da Aldeia, 19, Carapicuíba

Maiores informações: Sílvia Domingues (11 4186 0687/0821)
secult@carapicuiba.sp.gov.br



mapa para chegar ao local:





quarta-feira, 29 de abril de 2009

Roots & More: Afrika Museum

Caros,
Estou participando da exposição Roots & More: The Journey of the Spirits, no Afrika Museum, em Berg en Dau, Holanda.
Vale a pena dar uma passada no site da exposição, que explora o legado espiritual das Áfricas trabalhado por artistas da diáspora negra em suas produções contemporâneas. Entre os participantes além de mim Rosana estão, entre outros, Belkis Ayón, José Bedia, Maria Magdalena Campos-Pons (Cuba), Félix Farfan e Eneida Sanches (

Brasil), Pascale Monnin, Edouard Duval Carrié e Stivenson Magloire (Haiti), Sokari Douglas Camp (Nigéria) e Alison Saar (E.U.A), além das fantásticas esculturas da sociedade secereta Bizango, do Haiti. A curadoria - muito bem executada, aliás - é de Wouter Welling, estudioso holandês sobre o assunto, curador e professor.
O site para o tour virtual é: http://www.afrikamuseum.nl/ . Infelizmente, apenas parte da documentação sobre a mostra e os artistas esta em inglês. O restante aparece em holandês, mas como artista visual acredito que as imagens falem por si próprias.
Apareçam no site. Vcs vão gostar.
Abaixo estão algumas imagens da abertura da mostra e da exposição.






As Duas primeiras imagens são do trabalho "Soldados" em inglês "Soldiers" como aparecem na montagem na exposição. A segunda é a visão parcial da "Ama de leite" na expo. As duas outras imagens são de Wouter Welling, curador da mostra, entrando no espaço expositivo que recebeu bênção especial da sacerdotisa e poetisa Maria Van Daalen e da cerimônia de abertura. Maria é sacerdotisa do culto "Mambo", uma variante do culto vodoo. O Mambo é muito parecido com a Umbanda brasileira. Esqueçam, portanto, as histórias de zumbis e outras bobagens de filmes americanos de terror da década de 50. O Mambo, tal como o vodoo, são religiões sérias da mesma linhagem das religiões surgidas com a diáspora negra, e merece todo respeito e atenção.